segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Já nasceu o Deus-Menino


Já nasceu o Deus-Menino
já a noite se fez dia
e ei-l'O tão pequenino
ao colinho de Maria.

Cantam os anjos no céu
- glória a Deus pelas alturas!
E a serra estremeceu
com todas as criaturas.

Vinham pastores ouvindo
e os anjos aclamaram:
que fossem assim seguindo
- eles foram e encontraram.

Encontraram um Menino
numa lapinha bem pobre
com reflexos de Divino
que a alma pura descobre.

E os pastores, contentes
ao verem Deus cá na Terra
ofereceram-Lhe presentes
que traziam lá da serra.

Cantam os anjos nos céus
-paz na Terra aos homens bons
que conseguem ver a Deus
e ouvir divinos sons!

Cantam pastores na serra
nesta noite divinal;
já Jesus chegou à Terra
já nasceu... Feliz Natal!

(Felipa Monteverde)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Salvé, dia 13 de Dezembro


Quero agradecer a Deus
Sua bondade infinita,
Por me dar a conhecer
Uma alma tão bonita.

Minha amiga eu lhe chamo,
Muito querida e estimada;
Hoje é o dia dos seus anos
Uma data festejada.

Hoje é o seu aniversário,
Dia feliz e ditoso;
E tão extraordinário
Que até o sol está vaidoso.

Brilha no céu e ilumina
Um rosto de encantar,
Rosto de mulher-menina
Com estrelas no olhar.

É amiga verdadeira,
É mulher enamorada,
Que se doa sempre inteira
E de si não guarda nada.

É uma ETERNA APAIXONADA
Que ama a vida e o amor;
Uma amiga dedicada
Como nunca vi melhor.

E eu quero agradecer
A sua bela amizade,
Que não fiz por merecer
Mas que tenho de verdade.

Helô Spitali, você
É uma grande e terna amiga
Que Deus me fez conhecer
E amar por toda a vida!

(Felipa Monteverde)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Vida


(Dedicado a Florbela Espanca)

Vida!
Charneca em flor
Seara apetecida
Em todo o seu esplendor!

Espiga tão doirada
Fruto a amadurecer
Espera e chegada
Noite e alvorecer.

Vida!
Jardim em flor
Rosa amarelecida
No sol abrasador.

Divina ocasião
De sentir esperança
No riso do ancião
Nos olhos da criança.

Vida!
Charneca em flor
Colheita apetecida
De sonhos e calor.

Risos, maresia
Aromas de jasmim
Marés de terra fria
Que se envolvem em mim…

Vida!

(Felipa Monteverde)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Myebook - Poesia Infantil

Siga o link e veja a surpresa que eu tive:

Myebook - Poesia Infantil

É óptimo ver reconhecido o nosso trabalho, agradeço a quem teve a ideia e colaborou na edição do livro. Parabéns aos meninos que fizeram os desenhos, estão muito bem feitos.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Amar sozinho

Amar sozinho
não deveria
ser permitido:
amar faz sentido
dando carinho
trocando beijo
vendo o desejo
retribuído...

Felipa Monteverde

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Para além do pensamento

Que há pra além do sonhar?
Apenas este tormento
de não conseguir estar
contigo nem um momento
nem um só instante a par
sob este belo luar
que me acorre ao pensamento
e me lembra o sofrimento
e a distância a separar
dois corpos do verbo amar.

E sem saber nem pensar
todo o sonho é um tormento
para quem tem de esperar
e calar seu sentimento
enquanto espera o momento
de dormir e acordar
conjugando o verbo amar
para além do pensamento...

(Felipa Monteverde)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Um mimo da amiga Helô

Photobucket

Eu nem sabia que havia o Dia do Poeta, foi uma grande e agradável surpresa receber este presente da querida Helô.
Obrigada, querida amiga, muitos beijinhos pra você!

sábado, 16 de outubro de 2010

Saudade, palavra triste

Photobucket
A minha querida amiga de Além-mar, a doce Helô Spitali, fez esta linda imagem para estes simples versinhos.

Obrigada, amiga do coração, bom fim-de-semana para você e muitos beijinhos.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tenho pressa, vou-me embora

Tenho pressa, vou-me embora
Vou fazer o meu almoço
Vou sair daqui agora
Demorar-me mais não posso
Que a manhã já se demora
E já sinto o alvoroço
Da barriga a dar a hora
De lhe dar algum "pão nosso"...

(Felipa Monteverde)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Castelo de espuma

Nas águas de um mar bravio
Naveguei sem o saber
Naveguei sem ter navio
Nem remos eu pude ter.

Naveguei como uma monja
Na branca espuma do mar
E absorvi como esponja
Toda a dor do meu sangrar.

Sangrei o sangue da vida
Que me corria nas veias
E me deixou esquecida
Nas ilusões das sereias.

Fiz um castelo de espuma
Como sereia vivi
E nas ondas, uma a uma
Minhas dores escondi…

(Felipa Monteverde)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Estou cansada de sofrer

Estou cansada de sofrer
Sofrer tanto já chateia...
Por que não me posso rir
Sem guardar nada na ideia?
Por que não posso cantar
Sem pensar no que há-de vir
Sem lembrar que o sofrimento
Não gosta de me ver rir?

Ter de sofrer é uma seca
Já me cansei de o fazer...
Agora quero cantar
Quero rir, quero dançar
E abomino o disparate
De ter do sofrer a arte
E o bem-estar de uma mente
Que só sofrendo se sente
E, embora não se mate
Vai-se matando aos poucos
Nos sofrimentos sentidos
Opostamente mantidos
Em devoção e descrença
De uma fé que, por sentença
Atrai a dor e o sofrer
Mas abomina o penar
Sem martírio e sacrifício
E espírito de doação.

Ter de sofrer é uma seca
Que ignoro por que lei
É que eu me sujeitei
A sofrer e a penar
Por causa de um bem-querer
Se me negas teu amor
E me fazes pecador
Condenado à penitência
De nunca te esquecer.

(Felipa Monteverde)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Canta, minha alma triste

Canta, minha alma triste
Canta a ver se te alegras
Se esqueces as maleitas
Se olvidas as tristezas.

Canta cantigas de amor
Canta canções de embalar
Cantas os sonhos e as lembranças
Que guardas nalgum lugar.

Canta, minha alma triste
Canta sonhos, canta amor
Canta a ver se te alegras
Se acabas com tanta dor.

Canta cantigas alegres
Que sejam sonhos dançantes
Que sejam matéria e fado
Que te transportem a antes

Antes de ser e dormir
Antes de amar e viver
Antes de ser a tristeza
Antes de à míngua morrer.

Míngua de amar e amar
De receber, receber;
Antes de ser quem não sou
E de o amor conhecer...

(Felipa Monteverde)

domingo, 18 de julho de 2010

A janela

O cedro que avisto da janela
E onde tantas aves fazem ninhos
Recorda-me os teus beijos junto a ela
Essa janela onde, amor, sozinhos
Em tantas noites de franco luar
Ficamos de mãos dadas, num olhar
Que até fazia inveja aos passarinhos…

(Felipa Monteverde)

sábado, 26 de junho de 2010

Dá-me água

Dá-me água, senão morro
À sede do teu amor...
Se não vens em meu socorro
Quem me tira este calor?

Quem tiver amores vãos
Acautele as fantasias:
Quem me aquecerá as mãos
Quando eu as tiver frias?

(Felipa Monteverde)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Sou de Viana

Sou de Viana e é meu gosto
Ser da terra da alegria:
Trazer o sol no meu rosto
E na alma a nostalgia
Mar, Verão, o mês de Agosto
E a Senhora da Agonia...

(Felipa Monteverde)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Luar de noites cinzentas

Luar de noites cinzentas
Na lonjura de ninguém
Porque é que assim tanto tentas
Os dias de quem te tem?

Por que alcanças tempestades
Nos olhos de quem te vê
Sem perceberes verdades
Que enganam quem não te crê?

Luar de noites fechadas
Na imensidão de uma vida
Que iludes as madrugadas
Sem lhe lamberes as feridas,
Por que fechas fantasias
No secretismo da espera
Onde se prendem os dias
Das ilusões sem quimera?

Luar das noites cinzentas
Na lonjura que há na vida
Por que assim tanto me tentas
Sem me mostrares a saída?

Sem me mostrares caminho
Que levaria os meus olhos
A encontrarem carinho
Sem recearem escolhos?

Luar das noites cinzentas
Por que tanto me atormentas?...

(Felipa Monteverde)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Só me sai o coração

Escrever o que vem à ideia
Conforme à ideia vem
É bom, eu gosto, é terapia
E o que escrevo é só pra mim
Não o lerá mais ninguém.
Por isso escrevo assim
Sem cuidados no rimar…

E as métricas? Está bem,
Pode não ser obra-prima
Nem ser obra de poeta
Mesmo assim é poesia
Porque sai do coração
Corre o sangue pelas veias
Vem direitinho à mão…

E me formigam os dedos
E me desliza a caneta
Feliz percorre estas linhas…

Escrever o que vem à ideia
Conforme à ideia vem
É bom, eu gosto, é paixão
Que me sai do coração
Sem obedecer à mente
Que aqui se queda, ausente
Só me sai o coração
Vem direitinho à mão
Deixar escrito o que sente.

(Felipa Monteverde)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

domingo, 2 de maio de 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Desatino

Má sorte, azar, desatino
Companheiros do meu medo
A que me atou o destino
E me enviou ao degredo.

Fui degredada da vida
Fui condenada às galés
Ninguém mais me deu guarida
Todos me deram com os pés
Fiquei na vida perdida
Como as ondas das marés
Só por haver decidido
Alcançar o que não vês…

(Felipa Monteverde)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dor fingida

Fingi dor que não sentia
Para escrever esta pena
Que sinto com alegria
Na minha alma serena
Ao ver algo que não via
Desde quando era pequena.

E nessa dor que fingia
Nenhuma dor me condena
Nem traz com ela a agonia
Que tem a dor que se pena…

(Felipa Monteverde)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Sendo tu um rapaz novo

Sendo tu um rapaz novo
Diz-me lá por que razão
Andas no meio do povo
Sempre a olhar para o chão.

Sempre a olhar para o chão
Sempre com medo a cair
Diz-me lá por que razão
De mim pareces fugir.

De mim pareces fugir
De mim pareces ter medo
Não tenhas medo a cair
Conta-me lá teu segredo.

Conta-me lá teu segredo
Que guardas no coração
E deixa lá de ter medo
Que eu descubra essa razão.

Que eu já sei por que razão
Andas no meio do povo
Sempre a olhar para o chão
Sendo tu um rapaz novo...

(Felipa Monteverde)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mando lembranças à vida

Mando lembranças à vida
Que vivi junto de ti
Já vai longe a despedida
Já não és quem esqueci.

Mando recados ao tempo
Em que vivi a teu lado
Já nada de ti lamento
Já não és quem hei amado…

(Felipa Monteverde)

sábado, 27 de março de 2010

Antes que me fuja o tempo

Antes que me fuja o tempo
Quero viver
Procurar o sol nos teus olhos
No teu sorriso
No calor do teu abraço.

Antes que me fuja o tempo
Quero sentir a vida
E saber que estou viva
Que respiro o mesmo ar que tu respiras
Que nada no tempo poderá um dia separar-nos.

Antes que me fuja o tempo
Quero sentir o sofrimento e a alegria de existir.
Quero que o meu tempo
E o teu tempo
Se confundam num só
E vivamos juntos como quem só existe num sonho...

(Felipa Monteverde)

Sonho enganador

Não sei o breve sentido
Que hei-de dar ao teu nome
Tanto que tenho mentido
Que tenho a mente disforme
Por nunca haver conseguido
Calar este amor enorme.

Vi nos teus olhos a vida
Vi no teu nome o amor
Vi no teu peito guarida
Para as estâncias da dor
Vi a verdade-mentira
De um sonho enganador
E quedei-me, tão ferida
Numa ilusão sem valor...

(Felipa Monteverde)

Por que me chamas amor?

Por que me chamas amor
Se não amas quem eu sou
Se não aceitas a dor
Que meu peito te ofertou?

Por que me chamas querida
Se não queres que eu seja
Aquela flor atrevida
Que teu sentido corteja?

Por que me chamas assim
Tantas verdades mantidas
Nos olhos do céu sem fim
No mar que gosta de mim
No sangue de ervas feridas?

Por que me chamas os nomes
Que são mentidos por ti
Egoístas e disformes
Como eu outros nunca ouvi?

Por que me mentes sem fim
Ao chamar-me tantas coisas
Que são nadas de onde vim
Que são sol onde te poisas

A alumiar as estrelas
Que escondeste no regaço
Com inveja da luz delas
Com horror ao seu abraço?

Por que me chamas amor?
Por que me chamas amor?

(Felipa Monteverde)

Pensamento suave

Suave como o mar
Maré de calmaria
Como à noite o luar
Como a aurora e o dia…

Assim é meu pensamento
Onde guardo a tua imagem
Esbatida pelo vento
Trazida pela aragem
Que envolve o meu sentir
Entre sonhos de aventura
Em que a razão não quer ir
E a alma te procura…

(Felipa Monteverde)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Eu não sei que mais fazer







Eu não sei que mais fazer
pra reparares em mim
sou como a borboleta
que voa e não se liberta
dos aromas do jardim.

E assim enfeitiçada
nesses aromas de rosas
ela voa e se entrega
e jamais carinho nega
às flores esplendorosas.

Mas eu não sei que fazer
para te dar meus carinhos
pois tu não queres saber
do quanto estou a sofrer
da falta dos teus beijinhos.

E não reparas em mim
e não me dás teu amor...
Ó quem me dera um jardim
com borboletas, assim
como este sonho tem cor...

sábado, 20 de março de 2010

Concreto

No concreto cimentado
Desta alma que roubaste
Perco a ideia e a razão
Nas razões de um desgaste.

Perco tudo o que procuro
E não encontro o que quero
E os medos que já sentia
Transformam-se em desespero.

Se tenho a alma parada
No tempo de um instante
É por culpa de um passado
Que não durou o bastante
Para eu me redimir
De pecados que pequei
E na ilusão de um amor
Esconder o que não mostrei...

(Felipa Monteverde)

sábado, 13 de março de 2010

Se sei quem sou

Se sei quem sou e não penso
Ou penso e não sei quem sou
Quem me livra do remorso
De não saber onde estou?

Sou igual a mim e a ti
Sou alguém e sou ninguém
Mas nunca me apercebi
Se isso é mal ou é um bem.

Penso e acho que existo
Mas nunca o posso saber
Não sei se alguém terá visto
Quem eu não sou e a ser.

Será que sou quem não sou
Ou sou o eu que pareço?
Pormenores que não dou
De quem não me reconheço...

(Felipa Monteverde)

sábado, 6 de março de 2010

Fuga

Dei sentido a quem não tinha
Dei amor a quem matei
Sobrou pena, que era minha
Sobrou paixão que calei.

Sofri na vida os enganos
De quem me quis enganar
Perdi meus dias, meus anos
Sem saber o meu lugar.

Lugares que percorri
À procura do meu bem:
Fugi de perto de ti
Corri a ter com ninguém...

(Felipa Monteverde)

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Pequei contra a saudade

Pequei contra a saudade
Ao procurar saída
Nas asas da ansiedade
De uma falsa partida.

Pequei nessa procura
Ao mentir quem chorava
Ao beber da lonjura
De quem nunca chegava.

Pequei… até me redimir
E penas apagar
No beijo que há-de vir
No amor que há-de chegar…

(Felipa Monteverde)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Trinados

Cantam aves no pomar
Nos ramos fazem os ninhos
E eu ouvindo esse trinado
Esqueço todo o desagrado
Que me causa esse alarido
Em volta, no meu quintal
Que perde todo o silêncio
Nestas manhãs de cristal.

Mas as aves me saúdam
Com seu cantar matinal
E eu agradeço esse canto
Que me recorda quem foste…
Quem eras tu, afinal?

(Felipa Monteverde)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Este livro que não li

Este livro que não li
deu-me auroras de segredos
onde andavas, bem te vi
nas escarpas e rochedos
da costa de um mar gelado
que era corpo, eram dedos
que levavam maresias
pelas letras dos meus dias
que não li naquele livro
onde mentiste poemas
de um amor em ti cativo…

(Felipa Monteverde)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Aonde vais, rio de encanto?

Aonde vais, rio de encanto
Aonde levas minha alma, minha vida?
Para onde me transportas neste pranto
Que chorarei eternamente nesta ida

À procura de um barco mensageiro
Que me leve aos braços de quem choro
Que me leve no destino de um veleiro
Para onde me apresso e me demoro?

Aonde vais, rio de encanto,
Feito só de lágrimas que verti?
Corrente do meu choro e do meu pranto
No desespero de perder quem esqueci…

(Felipa Monteverde)

Sede de amor

Dá-me água, senão morro
À sede do teu amor
Se não vens em meu socorro
Quem me tira este calor?

Quem tiver amores vãos
Acautele as fantasias,
Quem me aquecerá as mãos
Quando eu as tiver frias?

Felipa Monteverde

Ó vento da madrugada

Ó vento da madrugada
Que assustas as estrelas
Dá-me sossego de fadas
Para andar no meio delas.

Dá-me varas de condão
Para cumprir meus desejos
Não sei por onde andarão
Nem onde escondem teus beijos
Só sei que de mim se vão
Entre restos e sobejos…

Felipa Monteverde

Mensagem

Na madrugada
Deste novo dia
Novo mês
Novo ano
Eu te desejo sorte
Saúde
Felicidade
Desengano.

Desejo-te carinho
Onde estás
Nesse caminho
De onde não virás
De novo
Abraçar-me.

Desejo-te amor
Ternura
Nesses lugares
De tanta lonjura
De onde não virás
De novo
Abraçar-me.

Desejo-te saúde
Alegria
Neste novo ano
Para todo o ano
Para qualquer dia
Mesmo que o vivas
Sem mim
Longe de mim…

Dei tudo o que possuía

Dei tudo o que possuía
A um amor que me fugiu
Só não dei minha alegria
Porque essa não podia
Ser de quem tanto mentiu.

Tenho-a por companhia
Essa imensa alegria
Que ninguém pode roubar;
Se o amor de mim fugia
De mim não foge a alegria
Que eu nunca a vou deixar…

(Felipa Monteverde)

Perdi a conta

Perdi a conta à desgraça
Que encontrei no meu caminho
Que até as pedras da praça
Me negaram um cantinho.

Não tive banco na praça
Para descansar segredos
De ilusões e de desgraça
De tantos desassossegos.

Perdi contas ao contado
Ao que contei sem saber
Por me teres enganado
E quem és desconhecer.

(Felipa Monteverde)

Sonhos e feiticeiras

Sinto-me mal por pensar
Que um dia tu me queiras
Eu vivo sempre a sonhar
Num jardim de feiticeiras...

Ardendo nessas fogueiras
Do ciúme e da ansiedade
Onde as chamas são braseiras
Em que a minha alma arde
Entre as lutas e canseiras
De te amar cedo ou tarde
De conhecer as maneiras
De deixar de ser cobarde
E fazer com que tu queiras
Este amor que é alarde
De sonhos e feiticeiras
De fantasia e verdade…

(Felipa Monteverde)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

As moças não são sinceras

Ó meu amor, se souberas
O que lembrei certo dia:
Que as moças não são sinceras
Quando mostram alegria
E contam as primaveras
Que escondem, todavia.

Ó meu amor, se o souberas
O que é que tu não dirias
Das moças, das primaveras
Que eu também esconderia…

(Felipa Monteverde)