Andei por aí perdida
entre sonhos e marés
sem encontrar a saída
sem caminho e sem fé
mas tive então a alegria
de perceber a verdade
que teus olhos escondiam
em cada ansiada tarde
quando chegavas e vias
que toda eu te esperava
toda por ti ansiava
corpo, mente, vida e alma
tudo por ti eu perdia...
Felipa Monteverde
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Um sonho que não és
O mar era a raiz do tempo
o sargaço era o manto
com que cobri o pensamento
para disfarçar amargo pranto.
Chorei tempestades, percorri marés
nos olhos com que deixei de te ver
o mar era um sonho que não és
o tempo é um suspiro a morrer.
Mas adormeci… sonhei depois
os braços que, sereia, te estendia
e acordei tão distante de nós dois
que o tempo se tornou manhã sombria.
Permaneci lá, no fundo desse mar
raiz de um tempo que eu desconhecia
no seu manto continuei a disfarçar
o amargo pranto que me ressequia.
E continuo assim, sereia oculta
escondida entre o sol e as marés
amargando este pranto e esta culpa
de ainda amar um sonho que não és.
Felipa Monteverde
o sargaço era o manto
com que cobri o pensamento
para disfarçar amargo pranto.
Chorei tempestades, percorri marés
nos olhos com que deixei de te ver
o mar era um sonho que não és
o tempo é um suspiro a morrer.
Mas adormeci… sonhei depois
os braços que, sereia, te estendia
e acordei tão distante de nós dois
que o tempo se tornou manhã sombria.
Permaneci lá, no fundo desse mar
raiz de um tempo que eu desconhecia
no seu manto continuei a disfarçar
o amargo pranto que me ressequia.
E continuo assim, sereia oculta
escondida entre o sol e as marés
amargando este pranto e esta culpa
de ainda amar um sonho que não és.
Felipa Monteverde
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