quarta-feira, 28 de abril de 2010

Desatino

Má sorte, azar, desatino
Companheiros do meu medo
A que me atou o destino
E me enviou ao degredo.

Fui degredada da vida
Fui condenada às galés
Ninguém mais me deu guarida
Todos me deram com os pés
Fiquei na vida perdida
Como as ondas das marés
Só por haver decidido
Alcançar o que não vês…

(Felipa Monteverde)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dor fingida

Fingi dor que não sentia
Para escrever esta pena
Que sinto com alegria
Na minha alma serena
Ao ver algo que não via
Desde quando era pequena.

E nessa dor que fingia
Nenhuma dor me condena
Nem traz com ela a agonia
Que tem a dor que se pena…

(Felipa Monteverde)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Sendo tu um rapaz novo

Sendo tu um rapaz novo
Diz-me lá por que razão
Andas no meio do povo
Sempre a olhar para o chão.

Sempre a olhar para o chão
Sempre com medo a cair
Diz-me lá por que razão
De mim pareces fugir.

De mim pareces fugir
De mim pareces ter medo
Não tenhas medo a cair
Conta-me lá teu segredo.

Conta-me lá teu segredo
Que guardas no coração
E deixa lá de ter medo
Que eu descubra essa razão.

Que eu já sei por que razão
Andas no meio do povo
Sempre a olhar para o chão
Sendo tu um rapaz novo...

(Felipa Monteverde)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mando lembranças à vida

Mando lembranças à vida
Que vivi junto de ti
Já vai longe a despedida
Já não és quem esqueci.

Mando recados ao tempo
Em que vivi a teu lado
Já nada de ti lamento
Já não és quem hei amado…

(Felipa Monteverde)