Nunca consegui fazer o que queria
sempre me afastaram do que eu gostava
segui a vida como uma fantasia
o meu destino é miragem que eu buscava.
Precavi-me contra todas as desgraças
ignorando o que o meu coração dizia
corri as cortinas, fechei todas as vidraças
escondi-me numa sala sempre fria.
E vivi assim, sempre escondida
sempre regeitando a aproximação
isolada do mundo e desta vida
refugiada no meu coração.
Amei quem quis, ninguém me amou
ninguém me fez feliz ou ser ditosa
e o meu coração já se cansou
de suportar espinhos e nunca ver a rosa.
E agora, quem sou? Quem vive em mim?
Uma princesa triste e atormentada,
uma mulher dócil e apaixonada
ou alguém que desconhece o meio e o fim?
Não sei, mas também não importa
serei o que calhar, o que puder
a vida é uma negra e imensa porta
fechada para quem nasceu mulher...
Felipa Monteverde
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Suspiro e dor
A noite transforma-se em suspiro
adormeço a suspirar de amor...
E de manhã de novo me transfiro
para a superfície de uma flor,
fugindo aos seus espinhos e à dor
em que te transporto e me firo…
(Felipa Monteverde)
adormeço a suspirar de amor...
E de manhã de novo me transfiro
para a superfície de uma flor,
fugindo aos seus espinhos e à dor
em que te transporto e me firo…
(Felipa Monteverde)
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Trouxe ao mundo
Trouxe ao mundo a desventura
de amar sem ser amada
trouxe a traição, a loucura
a sorte da desgraçada.
Trouxe ao mundo, quando vim
toda a maldade que havia
ao redor de ti, de mim
e nessa hora nascia.
Trouxe ao mundo o que não quis
o que não quero encontrar
sou sonho tão infeliz
que ninguém o quer sonhar.
Trouxe ao mundo o que perdi
quando encontrei nesta vida
amores que conheci
numa esperança perdida.
E soube logo que havia
algo mais para trazer
do que esta melancolia
que acompanha o meu viver.
Sou triste... entristecida
por sonhos que me fugiram,
sem haver a despedida
que os meus olhos pediram.
Entristeci pela noite
em que esperei iludida
por algo como um açoite
que me marcou para a vida.
Marcou-me com o sinal
que acompanha os desgraçados
num caminho abismal
entre destinos trocados...
(Felipa Monteverde)
de amar sem ser amada
trouxe a traição, a loucura
a sorte da desgraçada.
Trouxe ao mundo, quando vim
toda a maldade que havia
ao redor de ti, de mim
e nessa hora nascia.
Trouxe ao mundo o que não quis
o que não quero encontrar
sou sonho tão infeliz
que ninguém o quer sonhar.
Trouxe ao mundo o que perdi
quando encontrei nesta vida
amores que conheci
numa esperança perdida.
E soube logo que havia
algo mais para trazer
do que esta melancolia
que acompanha o meu viver.
Sou triste... entristecida
por sonhos que me fugiram,
sem haver a despedida
que os meus olhos pediram.
Entristeci pela noite
em que esperei iludida
por algo como um açoite
que me marcou para a vida.
Marcou-me com o sinal
que acompanha os desgraçados
num caminho abismal
entre destinos trocados...
(Felipa Monteverde)
domingo, 2 de janeiro de 2011
Não sei se iremos à fonte
Não sei se iremos à fonte
se beberemos da bica
o sabor que na boca fica
depois de a sede matar.
Fonte, bica
rio, mar
e uma lágrima que nos olhos fica
por chorar.
Não sei se iremos à fonte
não sei se está lá a bica
mas a minha sede é tanta
que a garganta já me pica.
Fonte, bica
rio, mar
e um sabor que na boca fica
a soluçar.
se beberemos da bica
o sabor que na boca fica
depois de a sede matar.
Fonte, bica
rio, mar
e uma lágrima que nos olhos fica
por chorar.
Não sei se iremos à fonte
não sei se está lá a bica
mas a minha sede é tanta
que a garganta já me pica.
Fonte, bica
rio, mar
e um sabor que na boca fica
a soluçar.
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