sábado, 14 de janeiro de 2012

Vivo à espera de te ver

As manhãs em que emergiste
do sonho que não sonhei
provaram minhas certezas
mostraram quanto me dei
ao sonho e à desventura
de te querer a meu lado
dormindo na noite escura
à minha beira deitado.

Vivo à espera de te ver
chegar na noite mais noite
sem sombras de amanhecer
sem a dor em que te foste
sem fados que dás à vida
sem sinas que procuraste
sem esta dor desmedida
que no meu peito deixaste.

Felipa Monteverde

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Amor tormenta

Não saberei descrever amor-tormenta
na alma desta ansiedade
com que o sonho se alimenta
com que mina esta vontade
de me ver solta e isenta
dos braços desta saudade.

Amor-fogo, amor-tormenta
amor-fado que me deu
o que o meu peito lamenta
e minha alma agradeceu.

Felipa Monteverde