segunda-feira, 10 de maio de 2010

Só me sai o coração

Escrever o que vem à ideia
Conforme à ideia vem
É bom, eu gosto, é terapia
E o que escrevo é só pra mim
Não o lerá mais ninguém.
Por isso escrevo assim
Sem cuidados no rimar…

E as métricas? Está bem,
Pode não ser obra-prima
Nem ser obra de poeta
Mesmo assim é poesia
Porque sai do coração
Corre o sangue pelas veias
Vem direitinho à mão…

E me formigam os dedos
E me desliza a caneta
Feliz percorre estas linhas…

Escrever o que vem à ideia
Conforme à ideia vem
É bom, eu gosto, é paixão
Que me sai do coração
Sem obedecer à mente
Que aqui se queda, ausente
Só me sai o coração
Vem direitinho à mão
Deixar escrito o que sente.

(Felipa Monteverde)

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