quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Castelo de espuma

Nas águas de um mar bravio
Naveguei sem o saber
Naveguei sem ter navio
Nem remos eu pude ter.

Naveguei como uma monja
Na branca espuma do mar
E absorvi como esponja
Toda a dor do meu sangrar.

Sangrei o sangue da vida
Que me corria nas veias
E me deixou esquecida
Nas ilusões das sereias.

Fiz um castelo de espuma
Como sereia vivi
E nas ondas, uma a uma
Minhas dores escondi…

(Felipa Monteverde)

1 comentário:

Miguel Afonso disse...

Nas águas de um mar bravio
naveguei a procurar
o calor pra este frio
que tu me fazes passar...