domingo, 2 de janeiro de 2011

Não sei se iremos à fonte

Não sei se iremos à fonte
se beberemos da bica
o sabor que na boca fica
depois de a sede matar.

Fonte, bica
rio, mar
e uma lágrima que nos olhos fica
por chorar.

Não sei se iremos à fonte
não sei se está lá a bica
mas a minha sede é tanta
que a garganta já me pica.

Fonte, bica
rio, mar
e um sabor que na boca fica
a soluçar.

2 comentários:

Miguel Afonso disse...

Fonte, bica
rio, mar
e um beijo que se fica
a desejar...

Ailime disse...

Filipa,
Muito belo este poema.
Por vezes a nossa vida é um imenso mar.
Por vezes agitado, por vezes sereno.
Vamos tentando com tranquilidade secar algumas gotejos que por vezes nos inundam.
Beijinhos da
Ailime