sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Isolamento

Nunca consegui fazer o que queria
sempre me afastaram do que eu gostava
segui a vida como uma fantasia
o meu destino é miragem que eu buscava.

Precavi-me contra todas as desgraças
ignorando o que o meu coração dizia
corri as cortinas, fechei todas as vidraças
escondi-me numa sala sempre fria.

E vivi assim, sempre escondida
sempre regeitando a aproximação
isolada do mundo e desta vida
refugiada no meu coração.

Amei quem quis, ninguém me amou
ninguém me fez feliz ou ser ditosa
e o meu coração já se cansou
de suportar espinhos e nunca ver a rosa.

E agora, quem sou? Quem vive em mim?
Uma princesa triste e atormentada,
uma mulher dócil e apaixonada
ou alguém que desconhece o meio e o fim?

Não sei, mas também não importa
serei o que calhar, o que puder
a vida é uma negra e imensa porta
fechada para quem nasceu mulher...

Felipa Monteverde

1 comentário:

Ailime disse...

Felipa,
Um poema embora melancólico mas revelador de uma alma sensível.
Que são os poemas senão a expressão do que sentimos ou não?
Continue, porque gosto de a ler.
Se verificar lá no meu canto (Rotas)tento seguir alguns poetas. Foi o primeiro Blog que criei e como também aprecio poesia comecei a visitá-los. Se assim o entender pode espreitar. É uma forma de conhecê-los e de dar a conhcer a sua poesia.
Tente e vai ver que daqui a uns tempos tem mais seguidores.
Beijinhos.
(Ultimamente, tenho-me cingido praticamente a visitar ao fim de semana, porque andava a ficar muito cansada pq o meu trabalho exige muita concentração e já estou a ficar velhota...), porque o meu gosto é também a poesia embora o que faço sejam apenas pequenos ensaios...eh.eh.
Beijinhos e boa semana.
Ailime