terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Um sonho que não és

O mar era a raiz do tempo
o sargaço era o manto
com que cobri o pensamento
para disfarçar amargo pranto.

Chorei tempestades, percorri marés
nos olhos com que deixei de te ver
o mar era um sonho que não és
o tempo é um suspiro a morrer.

Mas adormeci… sonhei depois
os braços que, sereia, te estendia
e acordei tão distante de nós dois
que o tempo se tornou manhã sombria.

Permaneci lá, no fundo desse mar
raiz de um tempo que eu desconhecia
no seu manto continuei a disfarçar
o amargo pranto que me ressequia.

E continuo assim, sereia oculta
escondida entre o sol e as marés
amargando este pranto e esta culpa
de ainda amar um sonho que não és.

Felipa Monteverde

5 comentários:

Ailime disse...

Ó Amiga Felipa,
Que lindo que está este seu espaço de Poesia!
E este poema está fabuloso!
"E continuo assim, sereia oculta
escondida entre o sol e as marés".
E assim percorremos os nossos dias!
Um beijinho, Felipa.
Ailime

Orvalho do céu disse...

Olá, queria Felipa
E a desilusão vai tomando conta do pedaço!!!
Mas tem o Deus Amor que vai renovando o nosso coração sempre...
Bjm de paz e alegria

Enigmático Byjotan disse...

Felipa.Seu poema é lindo,trata a perda com nobreza de valor,minha admiração a esta poeta de mente sã.Beijo de leitor verdadeiro e frequente.:-BYJOTAN.

Maria Alice Cerqueira disse...

Boa Tarde Amiga!
Hoje em especial
Parei um pouquinho
Para trazer o meu carinho.
E apenas lhe dizer muito simplesmente,
Muito Obrigado!
Obrigado por tudo, que Deus esteja sempre com você hoje e sempre e sempre...
Com todo o meu carinho o meu grande Abraço.
Maria Alice

Reflexos Espelhando Espalhando Amig disse...

Ola.
Chegando para conhecer e ja seguindo esse belo espaço.
Bjins entre sonhos e delírios