terça-feira, 13 de outubro de 2015

Conheci uma velhinha

Conheci uma velhinha
que filhos criou. Mas agora
que está velha está sozinha.
Todos os filhos estão fora.

Todos os filhos criados.
Todos têm a sua vida.
E nenhum toma cuidados
por essa triste velhinha.

São assim os bens do mundo
que se tomam por direito:
amor de mãe é profundo,
enche-lhe a alma e o peito.

Mas os filhos… ai os filhos…

Com que ligeireza tomam
o amor que a mãe lhes têm
e sem pensar abandonam
quem lhes quer o maior bem.

Fados e sinas da vida
que padece quem é mãe:
seu coração é guarida
dos filhos, seu maior bem.

Fados e sinas da vida
que a mãe na vida padece:
quem no seu peito abriga
o coração jamais esquece.

Mas os filhos… ai os filhos…

Ó filhos que me escutais
relembrai quanta doçura
recebeis das vossas mães
quanto amor, quanta ternura.

Amai-as. Sede-lhes fiéis
e visitai o seu lar.
Se podeis e o quereis
não façais a mãe chorar.

Felipa Monteverde

3 comentários:

ania disse...

Pois é, Felipa...são tantos os casos, tantas mães, tantos idosos sem o carinho, sem a presença dos filhos a quem tanto querem bem...uma lástima! Lindo e sensível poema, meus parabéns pela inspiração! abraços, ania..

Jaime Portela disse...

É frequente os filhos não quererem saber dos pais quando eles já não lhes fazem falta... E isso é dos maiores egoísmos que se pode ter na vida.
Excelente poema, como sempre.
Felipa, tenha um bom domingo e uma boa semana.
Um abraço.

Jaime Portela disse...

É frequente os filhos não quererem saber dos pais quando eles já não lhes fazem falta... E isso é dos maiores egoísmos que se pode ter na vida.
Excelente poema, como sempre.
Felipa, tenha um bom domingo e uma boa semana.
Um abraço.