quarta-feira, 3 de junho de 2015

A minha esperança

Há tanto tempo já que não escrevo aqui...
Ando esquecida do que fui, de quem fui.
Eu era assim como a corrente de um rio
cuja água agora já não flui.

Era atrevida, expressiva, esperançosa.
Agora tudo isso se foi, já acabou.
Deixei-me dominar pela má fortuna
que todo o meu ser de mim levou.

Mas aos poucos, aos pouquinhos
conseguirei vencer esta melancolia.
Deixarei de acreditar que sou inútil
e voltarei a ser quem já fui um dia.

Esta é a minha esperança. É nisto
que quero acreditar. Para a frente
caminharei e sei que voltarei
a ser a pessoa que era antigamente.

Felipa Monteverde

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